segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Das explicações;

Por que febre? Por que escrevo como me vêm na cabeça. Como a febre que começa lenta e depois já toma todo corpo, assim as palavras me perturbam, começando devagar seu arrazoado e seguindo ao ponto de obscurecer todos os sentidos. Tomam-me por refém das suas vozes. Curo-me, quando as externalizo. Sou joguete delas. Queimando todo dia. Todo dia. To-do di-a. Por que febre? Por que é mais bonito do que vômito. Embora este explique melhor. Embora as duas imagens não sejam indissociáveis. Da febre para o vômito. Eis minhas palavras na sua tela.

2 comentários:

  1. Me afasto da metáfora do bisturi elétrico ("corta enquanto cicatriza") pois, além de óbvia, foi você quem me deu, e de que adianta chover no molhado? Me retenho nas palavras que nos perturbam: que palavras são essas? Pensamentos, sentimentos, sensações, inseguranças, inquietudes, vontades, potência não-dinamizada? Me parece que são todas ao mesmo tempo; mas que febre, de verdade, só se configura (em mim, pelo menos) quando existe uma proporção ideal de cada uma delas em si. Que nem uma receita de bolo de milho, mesmo! Agora, qual é essa proporção, já não sei... Nem ao certo se é possível saber, ou se é possível controlar. Externalizar as vozes que nos fazem refém parece uma boa forma, na tentativa e erro, é verdade, mas ainda assim uma forma de otimizar essa angústia inerente de ser humano. Isso, e catalizadores que nos estimulem a sair de caminhos viciados.

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  2. Me afasto da metáfora do bisturi elétrico ("corta enquanto cicatriza") pois, além de óbvia, foi você quem me deu, e de que adianta chover no molhado? Me retenho nas palavras que nos perturbam: que palavras são essas? Pensamentos, sentimentos, sensações, inseguranças, inquietudes, vontades, potência não-dinamizada? Me parece que são todas ao mesmo tempo; mas que febre, de verdade, só se configura (em mim, pelo menos) quando existe uma proporção ideal de cada uma delas em si. Que nem uma receita de bolo de milho, mesmo! Agora, qual é essa proporção, já não sei... Nem ao certo se é possível saber, ou se é possível controlar. Externalizar as vozes que nos fazem refém parece uma boa forma, na tentativa e erro, é verdade, mas ainda assim uma forma de otimizar essa angústia inerente de ser humano. Isso, e catalizadores que nos estimulem a sair de caminhos viciados.

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